...Viver é querer ser feliz assim! A cada instante um novo motivo, cada por do sol um novo sorriso, cada amanhecer um brilho sem fim...



segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Cores da madrugada




Nas armadilhas
Dessa vida louca
Dessa vida pouca
Dessa muita vida
Nos pinceis do tempo
Na tinta dos sonhos
Imaginar-te-ei
Em cores sublimes
Olhos pulsantes
Brilho que inunda
Grudados na tela
E na madrugada
Tez iluminada
E no devaneio
Do olhar risonho
Uma esperança
Na tinta dos sonhos.

Fran Souza

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Sombras da madrugada





Na madrugada...
Ao som da noite
Em açoites         
Sonhos se esvaem
Pelos vãos dos dedos

Viajo...
Alcanço o infinito
Em pensamento

Veloz...
Desfaz-se
O que não foi começo
Foi apenas o preço...
... Distância calada

Mais veloz...
Amor... Algoz...
Refém de si mesmo.

Na madrugada...
Sombra calada...
Noite... Madrugada...
Anseio... Mais nada!


            Fran Souza

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Eco





O mundo gira
Lentamente.
E parada, ouço,
Meu próprio grito
Abafado em solidão.

           Fran Souza

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Canção matinal





A brisa suave
Acolhe-me de braços abertos.
Na manhã silenciosa,
Um galo canta alegre
E espanta de mim
O medo.
Presa nessa manhã
Imaginado borboletas
A sobrevoar o jardim dos meus sonhos.
Sinto a brisa afagar minha alma.
A liberdade do galo que canta,
A liberdade.
Ser livre nesse mundo de prisões.
Sufoca-me ao pensar
Que a tal liberdade,
(como a brisa)
Espera-me de braços abertos.

 Fran Souza

terça-feira, 11 de junho de 2013

Inquietude


Coração acelerado
Cantarolando baixinho.
Os sonhos transbordando.

Inquietude II

Borboletinhas coloridas
Rondando o estômago.
Sobrevoam a escuridão.
  
Inquietude III

E essa agonia
Sufocando a alma?
-Teimando em ser feliz.
                                       

Inquietude IV

A liberdade,
Esse pássaro de sonho.
Pede passagem.


 Fran Souza



sábado, 8 de junho de 2013

Liberdade








Na imensidão do espaço
A liberdade grita
Sufocada pelo peso dos dias.

Livre, a alma implora
Sonhos grandiosos
Na imensidão do espaço.

Na liberdade da vida
O pássaro dos sonhos sobrevoa
A claridade.

Fran Souza

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Súplicas à noite II (experimental - Declinato)






Noite! Ó noite! Tu que estás distante
Numa galáxia errante, escuro
São os meus medos, diga
Algo mais,
Algum ai.
Algoz sou.
Sim, de ti sei, sou algoz.
Nessa galáxia feroz, ferrenha.
Ó noite, seu escuro me apraz, refaz.

        Fran Souza

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Autorretrato


Sou a menina perdida
Pelos campos verdejantes
A procura de guarida
Sou a lua ambulante

Que ilumina os prados verdes.
A cantarolar a vida,
Sou uma folha caída
Nas aguas desse quebranto.

Sou a gaivota a voar
A procura de aconchego
Sou aquela que tem medo
De viver suas loucuras.

Sou a que vive a procura
Do arco-íris iluminado
Pelos raios do sol forte
No horizonte prateado.

Sou aquela que em lágrimas
Amarga os dissabores
E com sorriso nos lábios
Inventa novos amores.

Enfim, sou eu a procura,
Do que restou de mim mesma
Sou eu que assim, indeseja.
Joga a toalha na mesa.

                Fran Souza

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Maio



Ó maio! Maio dos meus amores
Ó maio! Entre ninho de flores
Lembranças guardo de ti.
Enlevada!
Encantada!
Respinga néctar em mim
Néctar suave, eterno jasmim!
Perfuma minha alma embevecida.

                     Fran Souza

quarta-feira, 3 de abril de 2013

No breu da noite (desilusão)

[Foto do google]



Essa saudade
Dilacerada
De dor doída
De morte morrida
É pena leve
Mas, dolorida...
É fardo suave
Mas, entontece...
O meu espírito
Que clama ao vento
Sua presença.

Lugar distante
Faz sua morada
Mas logo cala
Meu coração
Que pálido sofre
Desilusão
E arde em chamas...
No breu da noite
Meu corpo queima
Amor que almeja
Presença sua
Minh’ alma nua
Triste, vagueia.

                      Fran Souza
 

segunda-feira, 11 de março de 2013

Impossível te esquecer

[Foto do google]
 
 
 
 
Mesmo nas distâncias da vida
Sempre terá meu olhar
Pousado sobre você
Sempre terá um lugar
No meu viver

Sempre terá uma alegria a esperar sua chegada
E um olhar de lembrança que aguarda seu retorno
Ficou em mim um eterno sempre vivido
Gotas de um sentimento escorrendo em meus córregos
Fios de sol brilhando no meu meio dia
Um luar se derramando na minha noite serena
Um vento soprando as minhas dores agudas

Uma luz no fim do túnel transformada em esperança
Diz que é impossível te esquecer.
 
 
Fran Souza

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Angu de caroço

 
 [Foto do google]




Esta saga teve início
No ano 2009
Quando generosamente
A pedagogia move
Esta jovem professora
Ao ensino propensora
A academia promove.

Passei no vestibular
Pra cidade de Patu
Lá no Campus avançado
Irei contar para tu
A saga em que me meti
Podes crer que muito vi
Caroço nesse angu.

E em terras potiguar
Atravessamos fronteira
Desbravando terra estranha
Levando na brincadeira
Duas horas de viagem
Ida e vinda uma miragem
Sentada numa cadeira.

E os caroços do angu
Eu não irei misturar
Contábeis e matemática
Eu não vou achincalhar
Pois eu sou educadora
E a uma professora
Não cabe se rebaixar. (rsrsrs)

Não vou entrar em detalhe
Dessa briguinha inocente
Eu quero mesmo contar
Para toda a nossa gente
O que juntos nós passamos
Pois mesmo assim brigando
Nós somos irreverentes.

Dentre muitas as histórias
Passamos por maus bocados
E as noites tenebrosas
Marcarão nossos passados
Cravados em nossas mentes
Elas se farão presentes
Como um mal assombrado.

Segundo, ouvi relatos,
(Desse tempo fiquei fora)
Mas conto com precisão
Pois foi narrado outrora
Por aqueles que viveram
Fatos que aconteceram
Vamos lá; esse é da hora!

De acordo com Cornélio
Certa noite ele estava
Ao lado de Mestre Teta
Quando na pista dançava
Fazendo mil piruetas
Girando igual borboleta
Uma roda se mostrava.

Foi aí que percebeu
E falou ao motorista:
- Mestre, e aquela roda,
Que eu vejo ali na pista
Não teria serventia
Dela não precisaria?
- Melhor fazer a revista!

É, caro leitor amigo,
É isso que está pensando.
Foi a roda do busão
Que estava se mostrando
Querendo chegar primeiro
Deixando por derradeiro
Quem estava viajando.

Mas não pense que isso foi
Pior do que outras tantas
Que passamos na estrada
Que inflamou nossas gargantas
De tanto que nós gritamos
“- Se não pulas empurramos.
Vamos, pule minha santa!”

Era o grito de Disxet
Com a coitada da Claudinha
Pois o busão nesse dia
Uma só macha ele tinha
E não podia parar
Ninguém queria ficar
Distante feito a murinha.

Pois não é que a pobrezinha
Foi obrigada a pular
Com o busão em movimento
E a nossa pele livrar
Pois se para na estrada
Era uma légua sagrada
Pra canela esticar.

Mas Disxet pagou bem caro
E sentiu na própria pele
Pois certo dia o Mestre
Não podendo mandou ele
É de “Compadre” que falo
E Disxet deu um estalo
Mas foi num sono daqueles.

Professor, bicho que sofre,
Trabalhando adoidado
E depois de certa idade
Do sono fica aliado
Deu um cochilo e caiu
Só um gemido se ouviu
Daquele pobre coitado.

Pois nosso amigo “Compadre”
De bom gosto é que na ia
Dirigir na buraqueira
(Estrada não existia)
Foram muitos solavancos
Quem não aguentava o tranco
Para o hospital seguia.

Pois é, amigo leitor,
Foram muitas aventuras
E do tanto que é doce
Não é mole a rapadura
Inda teve um carro Besta
Esse sim, foi a mulesta,
Verdadeira esmagadura.

Pois em 24 vagas
Cabiam 30 alunos
Inda tendo que aturar
Em momento inoportuno
Um bocado de pinguço
Entre arroto e soluço
Feito cela de gatuno.

E podem imaginar
Pra quem de novo sobrava.
- Quem subia no caminho?
- E quem gordinha estava?
Pode crer era Claudinha
E bem de longe Sarinha
A maldizer começava.

Dizia Jussara Leite:
- E agora? Como vai?
Quem vai ceder o lugar
Quem fica de pé? Quem sai?
E bem no fim do muído
Todo mundo dolorido
Só se escutavam os ais.

Eita saga divertida
Dias difíceis demais
Se fosse narrar tudinho
Dariam páginas legais
Mas não vou me alongar
Sob risco de ficar
Prolongado por demais.

Inda teve muita coisa:
Ficar sem luz na estrada
Aguentar Jussara bêbada
Depois de levar patada
Edson tirar a jaqueta
Pra esquentar Mestre Teta
De uma chuva arretada.

Enfrentar os trombadinhas
Fingindo uma arma ter
Ver a polícia chegar
E os maladros se fuder
Ficar com cara de tacho
E aquela ruma de macho
Sem saber o que fazer.

Enfim, encerro o relato,
E quem quiser reclamar
Guarde pra próxima edição
Só não sei se vou contar
Pois não é que estou saindo!
Nunca mais eu vou dormindo
Quem vão agora zoar?

Pois é. Eu mesma “dormindo”,
Dei conta de tudo isso
Imaginem se estivesse
No meio do reboliço
Quanto eu tinha pra contar
Só pra você se ligar
Pedagogia dá nisso. (rsrsrssr)

Fran Souza




sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Alma inquieta (poema varano)

[Foto do google]


A minha alma
Não está calma
Está querendo
(Quase morrendo)
... Pra te encontrar.

Ela só quer
Um bem querer
Um bem que possa
Em alma vossa
... Poder amar.

Alma inquieta
A do poeta
Que vive solta
E tão envolta
... Que quer voar.

Alma sem asa
Alma em brasa
Se asa tivesse
E ela quisesse
... Sobrevoar,

Logo iriam
E se amariam
E acompanhada
A alma amada
... A se alegrar,

Livrar-se-ia.
Melancolia?
Seria atenta
E a alma isenta
... Ia ficar.

          
          Fran Souza



O poema varano é uma criação do poeta Ineifran Varão, confira as regras: http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=75969 

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Canto triste

[Imagem do google]


Ave
Chora
Presa

Gaiola
Sempre
Prisão

Homem
Bicho
Feroz

Pensa
Ser
Canto

Ave
Presa
Pranto.

 Fran Souza




O MINDIN  é uma criação da poetisa Luna Di Primo, confira as regras:
http://www.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=4005140

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

[Imagem do google]

E a mercê de mim mesma
Querendo ser borboleta
Pra colorir o seu mundo
Em cores de violeta.

Nas asas leves e alegres
Voar de encontro ao céu
Perder-me na imensidão
Lambuzar-me no teu mel.

No néctar da tua flor
Aninhar-me com ternura
E beber do teu amor
Essa agradável mistura

De borboleta com flor
A espera de um jardim
Que acolha o nosso amor.
Esse amor que não tem fim!

             Fran Souza

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Recusa

[Foto do Google]




Seu cheiro perturba meu juízo
Sua pele me queima como brasa
Olhos que me levam ao paraíso
São de anjo torto e sem asa

O anjo que nesse paraíso
Sabe que ao entrar em minha casa:
Seu cheiro perturba meu juízo
Sua pele me queima como brasa

E zonza, fujo do paraíso!
E desse anjo torto, sem asa.
A ver se um dia me ajuízo
Nego, quando entrares nesta casa:
Seu cheiro perturba meu juízo?!

Fran Souza


quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Soneto de amor fugaz



Noite fugaz! Amor que se perdeu.
Noite fugaz! Amor que agora jaz,
Na grande dor que nele pereceu
Grande castigo! Oh, noite fugaz!

Efêmero, o amor  que se desfaz
Diante dessa noite que morreu
Diante dessa lágrima perfaz
Passagem do calvário, e nesse breu,

Lamenta com desgosto enternecido
Esse amor transitório e desvairado
Em lúgubre quimera  apetecida.

Jazem noutros caminhos! Corrompido.
Na veloz noite, foge tresloucado,
Deixando a noite fria e sem vida.

 Fran Souza

domingo, 20 de janeiro de 2013

Desventura

Amor, que insensível em mim instala-se, 
A fulgir clarões de dores intensas
O que em raios de luar suspensas
Que por entre as nuvens amontoara-se

Essa dor que em si mesma arrastava-se
Nesse amor que não tinha recompensas
Só angústias em si eram propensas
Sofrimento que em ti encontrava-se.

Diz-me porque amor, tu desprezaste?
Por que causar assim tanto tormento,
Nesta alma que chora tua partida?

Não vês que com desprezo magoaste?
Quão grande é esse desapontamento
E lágrimas de amor banha a ferida!

Fran Souza

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Estranho desejo




Na languidez da tarde quente eu sinto
O seu cheiro perfume de jasmim
A invadir meu ser, e eu já não minto,
Que serás eternamente junto a mim

Fagulha de amor, jamais extinto.
Habitando o meu estranho jardim
Querendo por demais ser labirinto
Escondendo as amarguras, e assim,

Fazendo meu coração padecer
Nas veredas do não dito. Grande sina!
De sofrer resignada e adormecer,

No funéreo ocaso acordar.
Mais veloz que uma ave de rapina
Buscando o seu beijo. Onde está?


Fran Sousa

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Relíquia

[Foto do google]



Seus olhos de veludo sobre mim
Um arrepio abrasado que passeia
No deserto infinito do meu corpo

Um calor ingênuo que vagueia
Nas areias quentes e repousa
Na ilusão desse pobre coração

Relíquia! Esse seu olhar sereno,
Na quimera da minha mocidade
Ele reina assim tão mais ameno

Na lembrança de outrora me causou
Um arrepio abrasado que ficou
Na eternidade do seu olhar sereno.

Fran Souza


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Amor perdido no tempo





Na manhã silenciosa
Os passarinhos cantando
Cadência harmoniosa
Nestes versos se formando.

Como um perfume de rosa
Seu cheiro se espalhando
Uma lembrança gostosa
Um coração reclamando.

Sentindo a falta sua
Do tempo fica a mercê
Pensando em sair à rua

Debalde a fim de seu cheiro
Procurando por você
Como agulha no palheiro.

Fran Souza

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Separação






A palavra ficou muda
Em meu peito somente uma saudade
Você fora para longe
Para nunca mais voltar.

           Fran Souza

domingo, 6 de janeiro de 2013

Uma trova de saudade








Nesta brisa perfumada
O seu perfume me apraz
Cheiro da terra molhada
Uma lembrança fugaz.

No canto dos passarinhos
Um momento verdadeiro
Lembram-me os teus caminhos
E os teus passos derradeiros.

Nesta saudade teimosa
Habita incessantemente
Neste perfume de rosas
Lembro-te diariamente.

               Fran Souza

sábado, 5 de janeiro de 2013

Expiação




O sol a pino
Vontade imprópria
Saudade meio torta
Saudando o dia

E o dia se faz
Sem monotonia
Graças e louvores
E de agonia

E de agonia
Por tua ausência
Sem tua presença
Nada se compraz

O amigo tempo
Junto ao vento
Levou você de mim
E feito pluma
Voando por mares
Longínquos lugares
Eu sei que estás

Mas uma sensação
Tão boa me diz
Que serei feliz

Quando um dia você
Comigo encontrar
Um abraço apertado
Eu hei de te dar.

Saudades de você meu pai!!!

Fran Souza

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Ano novo

[Imagem do Google]


Um ano novo
Um novo ano
E tudo recomeça
Meus medos
Minha insegurança
E tudo recomeça.

Novo? Não sei
Mas em mim reinam
Em todos os novos dias
Em todas as novas horas
Essa vontade de ser
Sempre assim
Quase poeta
Quase menina
Quase mulher.

E quase tudo é sempre novo.
Feliz 2013.

Fran Sousa