...Viver é querer ser feliz assim! A cada instante um novo motivo, cada por do sol um novo sorriso, cada amanhecer um brilho sem fim...



domingo, 30 de setembro de 2012

Quereres

[Foto extraída do google]


Quero o silêncio guardado
Quero a palavra não dita
Quero o sonho imaginado
Quero a hora bendita

Quero a metáfora da vida
Quero o símbolo e a beleza
Quero os vãos suspiros meus
Quero a vida e a singeleza

Quero o que muitos não vêem
Quero o ar quero o sertão
Quero a paz dos cemitérios
Quero o vento do tufão

Quero amor de plenitude
Quero a raiva e a paixão
Quero viver os contrários
Quero paz no coração

E assim eu vou querendo
Quereres que eu não sei
Onde queres Deus que eu viva
Onde queres Deus, tua Lei!


             Fran Sousa



sábado, 15 de setembro de 2012

Saudade a pino

[Foto extraída do google]



Confusa
A tarde se faz
De ausências
Desejos
Anseios

O coração
Rouco de gritar
Bate descompassado
No compasso do dia
No compasso da tarde

Uma nostalgia
Apodera-se
Eh saudade besta
Que toma conta de mim

E essa inquietação
Lancinante
Atormenta
Os raios fugidios do meu dia

E quando penso em me safar
Já é tarde
Já estou presa
Nesta saudade

E no calor da tarde
Inquieta
Permaneço
Ensurdecida
Amolecida
Endoidecida
Nesta saudade.
              Fran Sousa



domingo, 9 de setembro de 2012

Setembro florescido de saudade





Brisa suave
Manhã de setembro
No canto dos pássaros
Eu vou revivendo
Outras manhãs
De outros setembros
Outros clarões
Outrora nascendo

E assim vou vivendo
Em cada manhã
De sol de setembro
Um olhar para o mundo
Sentimento profundo
No peito florescendo

A cada lembrança
De sonho desfeito
A cada esperança
Cada dia perfeito
Eu lembro a manhã
Eu lembro um sorriso
Eu lembro que isso
É saudade em meu peito.
               Fran Sousa


quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Um fio de tarde

[Foto de Andréa Zorieuq]




Na tarde primaveril
Claridades e abismos
Retidos no desabrochar
Da luz tenra e inábil

Brilhos exuberantes
Caem na tarde clara
Trilhos extravagantes
Dores que nunca saram

Caminhos percorridos
Luzes, brilhos, risos,
Lágrimas, dores, choros,
Tudo inerte neste fio

No horizonte se esconde
Toda dor que hoje impera
Vai com os raios longínquos
Vai morar em outras terras

E no brilho vespertino
Claridades sem espera
No coração se encerra
No crepúsculo de outras serras.

                            Fran Sousa