[Foto extraída do google]
A poesia adentra-me
Habita minhas entranhas
E sinto-me como pássaro
Que na liberdade de suas asas
Voa rumo ao horizonte
Percorrendo o desconhecido
Se um dia Deus resolver tirar-me a poesia
Tirará também de mim
A vontade de viver
O prazer pelas coisas simples
O encanto pela beleza da vida
Pois a poesia nada mais é
Que uma parte de mim
Um lado obscuro
Onde me refugio
E resguardo-me
Dessa realidade mesquinha
Peço-te meu Pai
Que me deixes assim:
A olhar o mar e descrever o teu cheiro
A ver um pássaro e enxergar sua delicadeza
A olhar uma flor e sentir vontade de chorar
A ver a chuva caindo e voltar a ser criança
Suplico-te Senhor
Não me tire nunca a poesia
Deixa que esta tua filha
Veja a vida pelos meandros da simplicidade
Deixa que ela faça-se pequena
Diante da grandeza do universo
E que ela sinta no menor do seres
A beleza da vida.
Fran Sousa