...Viver é querer ser feliz assim! A cada instante um novo motivo, cada por do sol um novo sorriso, cada amanhecer um brilho sem fim...



quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Soneto de amor fugaz



Noite fugaz! Amor que se perdeu.
Noite fugaz! Amor que agora jaz,
Na grande dor que nele pereceu
Grande castigo! Oh, noite fugaz!

Efêmero, o amor  que se desfaz
Diante dessa noite que morreu
Diante dessa lágrima perfaz
Passagem do calvário, e nesse breu,

Lamenta com desgosto enternecido
Esse amor transitório e desvairado
Em lúgubre quimera  apetecida.

Jazem noutros caminhos! Corrompido.
Na veloz noite, foge tresloucado,
Deixando a noite fria e sem vida.

 Fran Souza

domingo, 20 de janeiro de 2013

Desventura

Amor, que insensível em mim instala-se, 
A fulgir clarões de dores intensas
O que em raios de luar suspensas
Que por entre as nuvens amontoara-se

Essa dor que em si mesma arrastava-se
Nesse amor que não tinha recompensas
Só angústias em si eram propensas
Sofrimento que em ti encontrava-se.

Diz-me porque amor, tu desprezaste?
Por que causar assim tanto tormento,
Nesta alma que chora tua partida?

Não vês que com desprezo magoaste?
Quão grande é esse desapontamento
E lágrimas de amor banha a ferida!

Fran Souza

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Estranho desejo




Na languidez da tarde quente eu sinto
O seu cheiro perfume de jasmim
A invadir meu ser, e eu já não minto,
Que serás eternamente junto a mim

Fagulha de amor, jamais extinto.
Habitando o meu estranho jardim
Querendo por demais ser labirinto
Escondendo as amarguras, e assim,

Fazendo meu coração padecer
Nas veredas do não dito. Grande sina!
De sofrer resignada e adormecer,

No funéreo ocaso acordar.
Mais veloz que uma ave de rapina
Buscando o seu beijo. Onde está?


Fran Sousa

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Relíquia

[Foto do google]



Seus olhos de veludo sobre mim
Um arrepio abrasado que passeia
No deserto infinito do meu corpo

Um calor ingênuo que vagueia
Nas areias quentes e repousa
Na ilusão desse pobre coração

Relíquia! Esse seu olhar sereno,
Na quimera da minha mocidade
Ele reina assim tão mais ameno

Na lembrança de outrora me causou
Um arrepio abrasado que ficou
Na eternidade do seu olhar sereno.

Fran Souza


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Amor perdido no tempo





Na manhã silenciosa
Os passarinhos cantando
Cadência harmoniosa
Nestes versos se formando.

Como um perfume de rosa
Seu cheiro se espalhando
Uma lembrança gostosa
Um coração reclamando.

Sentindo a falta sua
Do tempo fica a mercê
Pensando em sair à rua

Debalde a fim de seu cheiro
Procurando por você
Como agulha no palheiro.

Fran Souza

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Separação






A palavra ficou muda
Em meu peito somente uma saudade
Você fora para longe
Para nunca mais voltar.

           Fran Souza

domingo, 6 de janeiro de 2013

Uma trova de saudade








Nesta brisa perfumada
O seu perfume me apraz
Cheiro da terra molhada
Uma lembrança fugaz.

No canto dos passarinhos
Um momento verdadeiro
Lembram-me os teus caminhos
E os teus passos derradeiros.

Nesta saudade teimosa
Habita incessantemente
Neste perfume de rosas
Lembro-te diariamente.

               Fran Souza

sábado, 5 de janeiro de 2013

Expiação




O sol a pino
Vontade imprópria
Saudade meio torta
Saudando o dia

E o dia se faz
Sem monotonia
Graças e louvores
E de agonia

E de agonia
Por tua ausência
Sem tua presença
Nada se compraz

O amigo tempo
Junto ao vento
Levou você de mim
E feito pluma
Voando por mares
Longínquos lugares
Eu sei que estás

Mas uma sensação
Tão boa me diz
Que serei feliz

Quando um dia você
Comigo encontrar
Um abraço apertado
Eu hei de te dar.

Saudades de você meu pai!!!

Fran Souza

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Ano novo

[Imagem do Google]


Um ano novo
Um novo ano
E tudo recomeça
Meus medos
Minha insegurança
E tudo recomeça.

Novo? Não sei
Mas em mim reinam
Em todos os novos dias
Em todas as novas horas
Essa vontade de ser
Sempre assim
Quase poeta
Quase menina
Quase mulher.

E quase tudo é sempre novo.
Feliz 2013.

Fran Sousa