...Viver é querer ser feliz assim! A cada instante um novo motivo, cada por do sol um novo sorriso, cada amanhecer um brilho sem fim...



segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

No choro das águas

[Foto extraída do google]

Um turbilhão de águas
Desce rio abaixo
Encharca as encostas
Que arrebentadas choram
Uma dor doída
De morte morrida
No ingrato tempo
  E hoje
 Inundadas de dor
As águas do amor
Descansa chorosa
No rio do amor.

                 Fran Sousa

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Coração quebrado

[Foto extraída do google]


Coração quebrado
Vira lago
Mingua ao sol
Da desilusão

No universo
Procura sentido
E padece
Por falta de abrigo

Esconde-se no peito
Dolorido
De dissabores

Condensa o sangue
Que pálido teima
A correr nas veias
Da solidão.


               Fran Sousa

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Amanheceu

[Foto extraída do google]



Sons, barulhos, dia!
A vida brota na claridade
E vazia das urgências
Faz-se na aparência
Dessa melancolia.

  Fran Sousa


sábado, 18 de fevereiro de 2012

Diálogo com Deus

[Foto extraída do google]




A poesia adentra-me
Habita minhas entranhas
E sinto-me como pássaro
Que na liberdade de suas asas
Voa rumo ao horizonte
Percorrendo o desconhecido

Se um dia Deus resolver tirar-me a poesia
Tirará também de mim
A vontade de viver
O prazer pelas coisas simples
O encanto pela beleza da vida

Pois a poesia nada mais é
Que uma parte de mim
Um lado obscuro
Onde me refugio
E resguardo-me
Dessa realidade mesquinha

Peço-te meu Pai
Que me deixes assim:
A olhar o mar e descrever o teu cheiro
A ver um pássaro e enxergar sua delicadeza
A olhar uma flor e sentir vontade de chorar
A ver a chuva caindo e voltar a ser criança


Suplico-te Senhor
Não me tire nunca a poesia
Deixa que esta tua filha
Veja a vida pelos meandros da simplicidade
Deixa que ela faça-se pequena
Diante da grandeza do universo
E que ela sinta no menor do seres
A beleza da vida.

                                Fran Sousa


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Concretude

[Foto extraída do google]



A vantagem da espera
É saber que existe,
Para deleite do coração
Que atravessa tempestades,
Uma sombra agradável
Onde repousa
O amor.

               Fran Sousa

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Vitória Régia (Cordel)

[Foto extraída do google]



Texto baseado na lenda da Vitória Régia



Esta lenda é muita antiga
É indígena a sua origem
Lá no começo do mundo
Ela seduzia as virgens
Assim contavam os Tupis
Das tribos dos guaranis
Da lua essa vertigem.

Assim contavam os pajés
Que quando a lua gostava
De uma moça donzela
Em estrela transformava
E parecia descer
A serra e se esconder
E com ela namorava.

Naiá, a filha de um chefe
Cresceu ouvindo essa lenda
Contada pelo seu povo
À noite em volta da tenda
Ela com sua beleza
Era da tribo a princesa
E do pajé sua prenda.

Porém a bela Naiá
Quando essa história ouvia
Ardia-lhe o coração
E planos ela fazia
De ir namorar a lua
E de um dia ser sua
Pensativa ela vivia.

E quando chegava a noite
E a tribo silenciava
Caindo em profundo sono
Só Naiá não se deitava
Saía de mata adentro
Num grande deslumbramento
Pela lua procurava.

Pois a princesa queria
Ser transformada em estrela
E no alto das colinas
Ela procurava vê-la
A lua ela perseguia
Mas a lua não lhe via
Pra desgosto da donzela.

Por mais que ela perseguisse
E desejasse a lua
Não conseguia ser vista
E nem ser amada sua
Não tirava da lembrança
Nem perdia a esperança
De encontrar com a lua.

E durante muito tempo
Toda noite ela saía
Numa tristeza profunda
E soluçando caía
Sobre o tempo debruçada
Chorando angustiada
Que de longe se ouvia.

Mas a lua displicente
Parecia não notá-la
Majestosa lá no céu
Não ouvia aquela fala
Da índia que ali vivia
E em amor se consumia
E a pobre moça se cala.

Porém numa noite clara
Naiá a mata adentra
E parando em um lago
A lua a dor lhe acalenta
Mostrando sua face bela
Naiá reconhece nela
O fim de sua tormenta.

E vendo aquela imagem
De beleza refletida
Na clara água do lago
Naiá sentiu-se querida
A pobre moça chorando
Viu a lua lhe chamando
Para lhe dar a guarida.

E sem pensar duas vezes
Naiá no lago entrou
Mas o lago era fundo
E a lua não encontrou
Pois era só um reflexo
E aquele amor complexo
A sua vida levou.

Daquele dia em diante
Só se ouvia falar
Na princesa guarani
A mais bela do lugar
Que no lago se perdeu
E pela lua morreu
A doce e bela Naiá.

E conta a lenda que a lua
Não sabendo o que fazer
Pra recompensar a morte
E acalmar o pajé
Presenteou sua gente
Com uma estrela diferente
Para cumprir seu dever.

Pois o amor de Naiá
Sincero e inocente
Merecia ser lembrado
Por toda aquela gente
E com flores perfumadas
Flores brancas e rosadas
Lembra a estrela cadente.

A planta Vitória Régia
Até hoje é chamada
Estrela das claras águas
E a Naiá dedicada
E a noite enfeitando o lago
É o amor que foi pago
Da moça apaixonada.

E foi assim que nasceu
Essa planta muito bela
De noite tem flores brancas
De manhã ficam mais belas
Cujas flores perfumadas
De brancas ficam rosadas
Como a pele da donzela.

Na região amazônica
Encontramos essa flor
Da planta Vitória Régia
Representando o amor
De uma jovem guarani
Que lá na tribo Tupi
Da lua se enamorou.

                    Fran Sousa

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Oficina Pedagógica: Lendas Brasileiras



Oficina Pedagógica:
                       Lendas
            Brasileiras


                Disciplina:
                       Literatura e Infância
                   Professora:
                     Maria Ghisleny de Paiva Brasil

          - 6º Período de Pedagogia – UERN –

 
A oficina de lendas
Primeiramente agradece
Sua colaboração
Que muito nos enaltece
Pra registro da história
Ou refrescar a memória
Este cordel oferece.

As regiões do país
A oficina mostrou
Com os seus mitos e lendas
Junto à gente trabalhou
Levando a cultura viva
Para uma sala ativa
Que bons conceitos formou.

O Folclore brasileiro
Grande acervo cultural
Oferece-nos riquezas
E belezas seu igual
Do interior do Nordeste
Às grandezas do Sudeste
Indo até o Pantanal.

E lá pelo Centro Oeste
Nós passeamos também
Depois fomos para o Norte
Viajamos muito além
Das estórias do lugar
No Sul fomos repousar
Levamos você também.

Misturamos o real
Com fatos imaginários
Mostramos que lendas são
Fatos extraordinários
Transmitidos oralmente
Do meio da sua gente
Ele é originário.

As estórias são contadas
Para cada geração
E assim é conhecida
Mudando de região
Um personagem distinto
Entrará em seu recinto
E o tomará pela mão.

E se você não conhece
Pra tal fato explicação
Ou se a ciência não mostra
Com a sua aplicação
Então entramos no caso
E criamos um bom causo
Pra resolver a questão.

Há muitos anos atrás
As lendas foram usadas
Para alertar as pessoas
A não fazer coisa errada
Com seus Deuses e heróis
Eram como alguns faróis
Iluminando a estrada.

Agradecemos a todos
Os que nos prestigiaram
E fazemos um pedido
Pois se vocês viajaram
Por este país afora
Coloquem isso agora
Para aqueles que ficaram.

Depende muito de nós
Futuros educadores
Melhorar a educação
E aliviar as dores
Dos que vivem nas cavernas
Com suas luzes internas
Vendo o circo dos horrores.

Pois através da cultura
Podemos desenvolver
No adulto e na criança
A arte e o gosto de ler
Pense agora e reflita
Pois sua atitude evita
Essa cultura morrer.

Vamos ser propagadores
Dessa arte de contar
Vamos fazer diferente
Na hora de ensinar
Levando conhecimento
Sem deixar no esquecimento
A cultura popular.

   Fran Sousa – 25/01/2012

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Recordação





À noite no terraço eu deitava
Ouvindo a voz do vento a murmurar
Lindas estrelas no céu a brilhar
No cruzeiro do sul eu apontava
A estrela que eu mais admirava
Junto à lua e seu brilho inusitado
Propícia para um ser enamorado
Ao lembrar me invade a nostalgia
Vou no trem da saudade todo dia
Visitar o lugar que fui criado!

                           Fran Sousa

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Contemplação



Ver o imenso mar de Copacabana
Com o cheiro de sal inundando o espaço,
E dos raios de sol um forte mormaço
E um lindo horizonte de face plana.
Bem mais que depressa a poesia emana,
Uma força que não se pode explicar
Uma grande emoção se instaura no ar
E tudo fica armazenado na mente,
O coração quer ser feliz novamente
Lá naquela praia, na beira do mar.
                      
                Fran Sousa